A colposcopia por vídeo é um exame realizado pelo ginecologista que permite avaliar a vagina e colo do útero de maneira detalhada através de um vídeo colposcópio (aparelho que ilumina e amplia a visão, além de capturar a imagem digital para laudo). É um exame parecido com a coleta de uma citologia normal, no entanto, é um pouco mais demorado (10 a 20 minutos). É simples e relativamente indolor, e indica o local a ser biopsiado, caso necessário. A complementação do exame é feita com a vulvoscopia por vídeo, ou seja, um exame feito com o mesmo aparelho, que permite identificar as lesões vulvares.
PARA QUE SERVE?
A colposcopia é solicitada principalmente quando se tem alteração no exame preventivo (conhecido também como Teste de Papanicolaou).
Estas alterações citológicas, na maioria das vezes, se devem à infecção por alguns tipos do Papilomavírus Humano – HPV.
A infecção pelo HPV é muito frequente, mas transitória, regredindo espontaneamente na maioria das vezes. No pequeno número de casos nos quais a infecção persiste e, especialmente, é causada por um tipo viral oncogênico (com potencial para causar câncer), pode ocorrer o desenvolvimento de lesões precursoras.
Estas, se não forem identificadas e tratadas, podem progredir para o câncer, principalmente no colo do útero, mas também na vagina, vulva ou ânus.
A colposcopia permite identificação e tratamento das lesões, que são curáveis na quase totalidade dos casos.
O câncer de colo uterino é o terceiro tumor mais frequente na população feminina, atrás do câncer de mama e do colorretal, e a quarta maior causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.
Outras indicações frequentes são: alterações em colo, vagina e/ou vulva perceptíveis a olho nu; sangramento vaginal no momento do ato sexual, e prurido (coceira) vulvar crônico.
QUAIS OS CUIDADOS NECESSÁRIOS ANTES DE UMA COLPOSCOPIA?
Simplesmente a paciente deve abster-se de relações sexuais nas 48 horas que precedem o exame, não usar nenhum creme vaginal antes do procedimento e estar fora do período menstrual.
O exame pode ser feito em gestante sem que haja risco para ela ou para seu bebê, mas é importante que o médico saiba que a paciente está grávida antes de realizar o exame.